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sábado, 12 de março de 2011

Manifesto do PSOL-Franca sobre o Dia Internacional da Mulher

    Nesse dia internacional da mulher, vários movimentos sociais e partidos de esquerda vêm às ruas para reinvidicar aos orgãos de administração pública, ações que coloquem as mulheres em um patamar de igualdade em relação as pessoas do sexo masculino. Em uma sociedade machista como a nossa, na qual predomina a visão de que a mulher é tratada como um mero objeto de consumo e prazer. Direitos como a autodeterminação sobre o corpo são negados sob um discurso conservador e dogmático que é hegemônico na sociedade em geral. Por essa razão cabe aos grupos coletivos, que simpatizam pela causa do movimento social das mulheres, a debaterem essas questões tão profundas, mas, infelizmente, são discutidas de maneira tão superficial nas igrejas e nos grandes veículos de comunicação.
    Para se ter uma idéia, no Brasil a cada 15 minutos uma mulher sofre de violência doméstica. Reconhecemos que nos últimos anos avançamos, como a Lei Maria da Penha que aumentou o rigor da punição daquelas pessoas que praticam violência doméstica, todavia temos que lembrar que 75% da verba, que garante o cumprimento da lei, foi retirada três dias após ter sido aprovada pelo então presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva. Com isso os dispositivos criados por ela como Casas Abrigos e Centros de Referência da mulher não vão ser abertos de forma suficiente para atender a demanda de mulheres que sofreram esse tipo de violência .
    Além disso, também são negados licença maternidade e paternidade de seis meses como direito social, além de creches públicas para as mães que estão trabalhando. No Brasil 18,4% da população de 0 a 3 anos estão matriculados em creches, com o agravante de que 30 % das famílias brasileiras são chefiadas por mulheres.
   Outro tabu da sociedade brasileira é a questão do aborto. Esse tabu foi criado devido a fato de que essa questão nunca é discutida na sua realidade, uma vez que esse tema sempre é colocado sob um discurso religioso cego, fundamentalista e preconceituoso. Não estamos dizendo que isso é inerente a prática religiosa, só queremos ressltar que hoje a criminalização do aborto obriga as mulheres que decidem fazê-lo a se submeterem a procedimentos clandestinos, inseguros, colocando assim suas vidas em risco. Por isso que temos o compromisso e exigimos a legalização e descriminalização do aborto no Brasil, pois quem sofre com essa política são, principalmente, as mulheres negras e pobres que morrem 6 vezes mais em decorrência de abortos mal  realizados. Longe de um atentado à vida, queremos é preservá-la e, além disso, acreditamos que cada mulher tem direito e consciência suficiente de determinar se quer ser mãe ou não.
   Por essas razões que nós do PSOL- Franca estamos no dia de hoje discutindo essas pautas que são tão importantes de serem discutidas na sociedade Brasileira.

Um comentário:

  1. Estamos retomnando nossa organização com muito pique e determinação. Convidamos a todos para a participação de uma forma ativa.

    Saudações a todos!

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